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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Bases de downhill

No longboard downhill há algumas bases que diminuem o atrito com o ar proporcionando maior aceleração e velocidade. No inglês, isso se chama “tuck” é um termo que no pé da letra significa “dobrar, aproximar”, dentro do esporte como o Longboard DH, isso tem a ver com uma posição que  aproxima os joelhos do peito, diminuindo a área de contato do corpo, aumentando a fluidez. No entanto vale frisar, a diferença é somada ao uso de macacões e capacetes aerodinâmicos. Essas bases também fornecem estabilidade para o rider. Não há regras, cada um escolhe o que lhe for mais confortável. Vou apresentar 4 tipos pra vocês!
  • Básica:
Suba na prancha, tente deixar o pé da frente o menos virado possível ou seja, com os dedos apontando para frente. Fique confortável e de um jeito que você consiga controlar o seu long. Agora posicione o pé que vai atrás, na direção do joelho da frente de modo que fiquem alinhados – Isso melhora a distribuição de peso e cansa menos. Jogue o peso na frente do long, isso o deixa mais estável (fica uma dica de apertar o truck de trás mais que o da frente pra compensar). Abaixe o peito e deixe-o o mais próximo possível do joelho da frente. Coloque os braços pra traz, abaixe a cabeça pra não forçar o pescoço e olhe com os olhos. Fique relaxado pra evitar chimbadas (Speed Woobles)
  • Base Americana:
Basicamente a base americana é deixar o joelho de trás encaixado com o joelho da frente. Os joelhos ficam um pouco curvados  e as costas retas, paralelas ao asfalto. Os braços são postos pra atrás, apoiados sobre a bunda.
A base americana é uma alternativa à base Brasileira, que é boa pra corridas mais longa por exigir menos do corpo e ganha bastante energia. Muitas pessoas usam essa base, talvez pela sua mistura de estabilidade, conforto e praticidade pra fazer curvas.
  • Base Europeia:
Parecida, muito parecida com a americana, o que a diferencia é a distância do rider até a prancha. O joelho de trás fica na direção do tornozelo, apoiado de modo que a canela fique horizontal em relação ao chão. Deita-se sobre a perna da frente. O peso é centrado entre as duas pernas. Essa posição faz com que as costas não fiquem paralelas ao chão. Os braços ficam iguais à base americana, pra trás.
Considerado a base mais veloz, contudo é difícil aguentar o tranco por corridas muito longas, cansa bastante.
  • Base Brasileira:
A base brasileira leva a base europeia um passo a frente por descansar o joelho de trás na prancha. Nessa base há quem coloque as mãos pra frente para aumentar a aerodinâmica.
Essa base é ótima para corridas longas onde você precisa de bastante energia ou para descidas muito rápidas onde você precise de mais estabilidade. É rápida e eficiente com a “quebra” do ar, mas não é muito ágil, em corridas mais técnicas e com curvas será complicado. Nota que em alguns campeonatos, não permitem descansar o joelho sobre o Long.
Mas como disse,
Não há regra pra sua base, apresentamos alguns tipos aqui e algumas dicas. Experimente, modifique e veja como você mais gosta. Mas lembre-se:
  • Numa corrida é importante manter por mais tempo possível a base, então ela deve ser confortável. Ficar mudando base e saindo dela ao longo da corrida faz você perder velocidade.
  • Se exercite, não pode esperar que seu corpo aguente mais que 10 segundos se você não está acostumado e treinado.
  • Abaixe a cabeça, não cansa o pescoço e ajuda na dinâmica, mas fique de olho na pista! Não adianta nada ter uma super-base se você não enxerga obstáculos, pessoas ou pedras. Se manter inteiro e não matar ninguém é essencial.
  • Quanto mais limpo melhor. O propósito da base é diminuir a resistência do ar, evite ficar com braços ou posições que funcionem como “paraquedas”.
Agora chega de leitura, é hora de praticar, testar e praticar!
FONTE: https://longboardforall.wordpress.com/?s=bases+downhill

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Uso de graxa para lubrificação e falta de cuidado com os rolamentos.


Salve Família, blz?

Com frequência pego alguns skates para manutenção e vejo as situações deploráveis em que se encontram os carrinhos: Bases dos trucks quebradas por causa de folga nos parafusos, ou parafusos inadequados (sim, existe parafusos adequados para determinadas situações, como por exemplo se o shape for drop-thru e você resolver colocar o skate rebaixado), porcas das rodas folgados, o que aumenta o gasto das rodas e atrapalha no rolê, Porcas do parafuso central tão apertado que “estrangulam” as borrachas, rolamentos lubrificados com graxa, o que pode vir a danificar a coroa, se for de nylon, grudar sujeira e travar o rolamento e atrapalhar nas próximas limpezas, além de segurar o rolamento, fazendo-o perder velocidade.

Hoje vou me apegar a esse último tópico citado acima, rolamentos lubrificados com graxa. Bom! Se você quer lubrificar seus rolamentos e mantê-los longe da humidade, POR FAVOR...RESSALTO... POR FAVOR, não coloque graxa neles. “Mas pow! o mecânico da oficina lá perto de casa falou que é a melhor coisa, é só colocar graxa ou óleo que o rolamento vai durar muito e vai ficar filé.” Essa foi a fala que ouvi de um muleque que andava de long na praia de Camburí, em Vitoria, ES. Na ocasião ele me encontrou na orla pela segunda vez para me pedir pra vender pra ele um rolamento, porque o dele havia estourado. Na primeira vez eu doei um rolamento pra ele, na segunda vendi por 10 reais (no caso foram os dois e a mão de obra de troca-los). Na troca vi que as rodinhas estavam encharcadas de um óleo preto, que manchava toda a roda e a parte interna dela. Ao questiona-lo, junto do pai, o que era  aquele óleo eles me responderam que era graxa, e que foi recomendado pelo mecânico da oficina próximo a casa deles, e soltaram a frase citada acima. Conclusão: Eram rolamentos novos, segundo eles, e com coroa de nylon, logo o material do óleo (graxa que se liquidificou com o uso) corroeu a coroa e fez os dois rolamentos se desmontarem, em outras palavras “estourarem”.

Outro problema que a graxa traz é o acumulo de sujeira, pois ela é mais pastosa, então a poeira do asfalto agarra com mais facilidade nela e meio que “endurece” quando a graxa volta ao seu estado pastoso, depois do rolê (imagem 1). 
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Rolamentos sujos, com uma crosta de graxa e poeira por cima das capas de borracha (dificiil de sair)

A graxa, por ser pastosa, também não deixa os rolamentos rodarem solto, prendendo-os e fazendo o skate perder velocidade. Na hora da limpeza a graxa dificulta a retirada de sujeiras na parte interna dos rolamentos, exigindo um trabalho maior para a limpeza, não saindo dos rolamentos, o que faz a necessidade de desmontar todo o rolamento (imagem 2),
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Rolamentos desmontados para limpeza

deixar algumas partes de molho em solução desengordurante (imagem 3),
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Coroas de molho depois da primeira lavada

passando por uns três processos de lavagem, e também a limpeza das partes metálicas com um papel higiênico (imagem 4), 
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Limpeza interna do anel maior

remontagem e lubrificação adequada dos mesmos (imagem 5). 
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Rolamentos limpos, montados e lubrificados depois de todo trabalho

Quando tenho que fazer isso para um cliente aumento o prazo de entrega em 3 a 4 dias, devido à dificuldade para fazer a limpeza adequada, logo também aumento os custos pela mão de obra, o que em alguns casos chega a compensar mais comprar um jogo de rolamentos novos.

Então, se for limpar e lubrificar seus rolamentos faça-o ciente do que está fazendo, não faça de qualquer jeito para não ter prejuízo futuro. Caso não saiba como proceder com a manutenção contrate o serviço de alguém especializado que fará de forma correta por você.

Espero que a matéria tenha sido útil a vocês. A todos um bom rolê.

domingo, 5 de agosto de 2018

Anotomia do rolamento

Essas são as partes que compõem um rolamento, podendo algumas delas variar algumas delas de acordo com o rolamento.

O mito das rodinhas de gel.

A imagem pode conter: texto

Muitas vezes ao fazer uma venda de alguns de meus skates, ou quando alguém chega até a mim para tirar alguma dúvida, ouço a seguinte pergunta: AS RODINHAS SÃO DE GEL?

Bom! Vamos tentar desmitificar esse mito. As rodinhas de skate normalmente são feitas de Poliuretano, podendo variar sua dureza (medida na escala shore), numeração que vai de 1 a 100 seguido da letra “A”, “B”, “D” ou “00”, variando de acordo com o fabricante ou material usado. Para nosso estudo vamos nos deter somente a escala “A”, que é a escala mais usada na medição de dureza das rodas de skate a muitos anos, mas alguns fabricantes usam as escalas “B” (como a fabricante Bones) e a “D” (normalmente usada em rodinhas de street) e cada uma tem um tipo diferente de medição. Quanto menor a numeração mais macia é a roda. Todas essas informações vêm escrito nas rodas, ou em algum lugar da embalagem quando se compra. No caso de não ter tais informações nas rodas ou embalagem, pergunte ao vendedor. Para entender um pouco mais o que significam cada informação contida nas rodinhas leia sobre no link a seguir:

https://www.facebook.com/igerslongboard/photos/a.867978826663058.1073741827.866146150179659/897083587085915/?type=3&theater

Assim como a dureza pode variar as cores também variam, e em algumas marcas as cores são usadas para identificar a dureza da roda. Como exemplo do uso da cor sendo usada como identificação da dureza da rodinha posso citar a marca nacional Moska, que atribui uma cor para cada dureza de rodinhas do modelo Speed (rodinhas verdes na foto). Cada cor identifica uma dureza sendo as verdes 74A, amarelas 77A e vermelhas 80A. Assim sendo não consigo encontrar nenhuma rodinha da Moska, modelo Speed, da cor verde 80A, pois todas as rodinhas verdes dessa marca modelo são 74A. Cada fabricante dria seu padrão, podendo haver diferenças de durezas entre as cores de modelos diferentes da mesma marca.

Voltando ao mito das rodinhas de gel, o que se propaga por aí é que elas são mais macias e por isso melhor para dar um rolê. Mas o que são rodinhas de gel? Qual a diferença entre elas e uma rodinha normal? Rodinhas “de gel” são as rodinhas transparentes (como a vermelha na foto), a qual é capaz de se ver o core (miolo) da roda. A diferença entre elas e uma rodinha normal é somente o corante usado na pigmentação do poliuretano, nada mais, o resto é tudo igual. Mas aí você me pergunta: Mas se elas são todas iguais, porque as rodinhas de gel são melhores para andar no asfalto?

Nesse caso o que temos que levar em consideração é a dureza da rodinha e não sua cor. Rodinhas macias são melhores para andar no asfalto, enquanto as rodinhas duras necessitam de um maior esforço, e alguns fabricantes sabendo disso, e se aproveitando desse mito, se aproveitam da situação e colocam rodinhas transparentes em skates baratos, buscando a atenção do cliente, que acredita estar comprando algo melhor.

Na imagem que segue esse texto temos duas imagens de rodinhas, retirado da internet, uma “de gel” e uma da marca Moska, modelo Speed. Supondo que as duas estivessem anunciadas em uma loja tendo o mesmo valor de venda. Um leigo provavelmente compraria as rodinhas “de gel”, acreditando, por conta dessa aura que se criou, que as rodinhas de gel seriam melhores. Mas se pararmos para analisar a dureza das rodinhas veremos que as “de gel” é 78A, e as da Moska é 74A, sendo estas últimas mais macias. Entro então com a pergunta: Qual seria, assim dizendo, mais parecida com gel? Qual seria mais tranquila para andar em asfaltos?

Aprendemos então, com essa lição, que as rodinhas de gel não existem, e que elas recebem esse nome simplesmente por serem macias e transparentes, mas que existem rodinhas de marcas de qualidade que, apesar de não serem transparentes, podem ser ate mais macias que as rodinhas conhecidas como rodinhas de gel e ter uma qualidade muito superior a estas.

Espero que tenham curtido a dica. Qualquer dúvida entre em contato deixando uma mensagem abaixo. Se curtiu a dica de um like e repasse a informação compartilhando ela.

Um grande salve a todos e um bom rolê

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Olimpíadas de inverno de skateboard, Sidney, 1976

Assim era o Skate em seus primórdios...
As Olimpíadas de Inverno de Skateboard aconteceu no estacionamento de um shopping center no noroeste de Sidney, em 1976. O evento incluiu as modalidades de slalon e freestyle. Nessa retrospectiva dos arquivos da ABC's, o programa Flashez pegou toda a ação.
(livre tradução da descrição do vídeo)

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Skates baratos



Salve família, Blz? O assunto de hoje é “skates baratos”.

Quando Vamos comprar um skate e não temos conhecimento de qual comprar, ou mesmo quando queremos dar um de presente a nosso filho ou algum ente querido sem ter conhecimento de nada no esporte, normalmente optamos pelo mais barato e muitas vezes a desculpa é não saber se vamos nos adaptar ao esporte e se a criança vai gostar mesmo de skate. Em nossa busca pelo skate mais barato encontramos no mercado diversas marcas, que saem em torno de 200 reais UM SKATE NOVO. Da mesma forma, se abrirmos uma página de classificados on-line, veremos também diversos desses skates a venda, por um preço até maior que o valor dele novo em marcado.

Quando alguém me fala que quer comprar um skate para seu filho e, com medo dele não se adaptar ao esporte, está pensando em comprar o mais barato eu logo pergunto: Se seu filho quer começar a jogar futebol e te pede uma bola você vai comprar uma bola boa pra ele começar, tipo uma de couro, ou vai dar uma daquelas mais baratinhas que vende até em supermercados (dente de leite) que custa 3 reais, só para ver se ele vai se adaptar ao esporte?

A questão aqui não é gastar horrores para adquirir um skate TOP do mercado, mas sim gastar pouquíssimo com skates ruins no mercado que, por serem tão ruins, te atrapalham aprender a andar de skate. É por esse motivos que ao abrirmos as páginas de classificados on-line, como a OLX, vemos diversos desses skates a venda, muitos deles novos ainda.

Esses dias eu estava vendo um vídeo no youtube e vi uma fala muito interessante do youtuber a respeito disso, onde ele dizia que “esses skates são tão ruins que as rodinhas do meu skate já custam mais que o skate todo montado, então imagina a qualidade desses skates para terem um valor mais barato que o valor apenas de um jogo de rodas de qualidade”.

Se você quer iniciar no skate e não conhece nada do assunto, procure um grupo de skatistas locais, muitos deles são bem receptivos e ajudam iniciantes de boa, dando dicas, falando sobre peças e marcas, deixando você usar os skates deles para fazer um teste e saber qual você as adapta mais e etc. Busque conhecimento, compre uma coisa de qualidade para que você não venha se arrepender e desistir do esporte por conta de um material ruim.

Se sua ideia é dar de presente, busque em sua cidade uma skateshop de verdade, não lojinhas de surf que vão sempre te falar que o skate deles é profissional, que é um dos TOP do mercado e te embromar (aconteceu comigo quando comprei meu primeiro skate, que só pra constar, apesar de toda propaganda, era um lixo) te vendendo um skate meia boca por um valor caríssimo.

Existem diversos skates no mercado que não são tão caros e de boa qualidade, basta saber procurar e se informar. Fuja de skates que tenham o valor lá embaixo, que prometem muito a pouco custo, pois no final você estará comprando gato por lebre.

Espero ter ajudado. Qualquer dúvida deixe nos comentários.

Bom rolê a todos

2- Cruising: Tipos de shape

Estilos de shape para Cruising A pequena seção a seguir é destinada para aqueles de nós que não tem tempo de ler tudo sobre um guia de c...